9/15/2011

Franchico Padilha em:A Menina encarcerada!!

A Menina encarcerada!!


Em uma de minhas viagens as vastidões do tempo encontrei um velho vilarejo perdido em uma encosta próximo ao Monte dos Aflitos, compreendi que a população mau se vestia e tinham dificuldades para se comunicarem.
Meu primeiro contato foi com Orinaldo, um adolescente cujo aspecto lhe dava uns 30 anos a mais dos seus atuais 23, pacato e tímido se mostrou preocupado com a minha permanência ali.
Orinaldo me levou á um lugar onde pudéssemos discorrer tranquilamente sem o olhar macabro dos que ali habitavam, ele me falou das noites em que a população não saiam de suas casas pois estavam sujeitas a sucumbirem diante dos enfermos noturnos.Perguntei porquê?, mas Orinaldo se calou por alguns segundo e com um olhar mefistofélico respondeu:

- A menina.

- Que menina?

- Cassandra, ela morreu há 5 anos mas dizem que sua alma é atormentada pelo crime brutal cometido pelo Seu Pai.

- Qual foi o crime que o Pai incumbira.

- Cassandra ficou encarcerada em uma cabana sendo vítima de abusos sexuais e torturas até ser mutilada pelo seu Pai.


Orinaldo levantou-se e saiu velozmente dizendo pra eu me cuidar e procurar Oklys, e que eu era o enviado para ajudá-lo a desprender aquela velha cidade dos enfermos noturnos.

Fiquei o resto da tarde matutando quem seriam as pessoas ou avejões que Orinaldo me discorreu. Decidi ir ate a casa de nº 666 situada na Praça central daquela cidade, era o único Hotel.
Tomei um banho e injetei a heroína que Orinaldo me deu antes de sair as pressas, senti que minha pele apodrentava e minha visão ofuscou deixando tudo negro e sombrio.
Observei que a noite chegara e que havia uma movimentação muito grande de criaturas acorrentadas sendo açoitadas pela ruas daquele vilarejo, tentei uma saída mais não obtive êxito pois tinha uma força estranha que não me deixava despontar.
Notei uma voz aterrorizante chamando por Oklys,Oklys,Oklys......perplexo e na vasta escuridão respondi:

- Sou Franchico, também procuro por Oklys.

Como uma explosão nuclear uma luz iluminou o quarto onde estava e novamente aquela voz replicou:

- Olhe no espelho!

Ao olhar me deparei com uma criatura refletindo a minha pessoa o que me fez ficar terrificado! eu me convertera em um indivíduo lívido e com aspecto fantasmático o que possivelmente seria Oklys em meu corpo.Conduzido pela voz fui ate um quarto nos fundo do Hotel com uma perversidade irrefreável onde encontrei um Homem rezando. Sem pestanejar desferir múltiplos golpes com minhas próprias mãos sem ao menos perguntar quem era.
Quando o Homem se virou pude ver sua face e estagnei.....era Orinaldo!!!.....aos prantos me disse que ele teria que tramar sua própria morte acabando assim com seu sofrimento e de sua bela Cassandra...a menina que outrora lhe serviu como filha..antes de falecer me contou que era atormentado pela brutalidade cometida para com sua filha e que Deus o condenara a desgraça infindável até que você (eu) fosse ludibriado e assim terminasse com meus dias e o tormento de todo aquele pequeno vilarejo.
Me agradeceu e partiu, fiquei irresoluto!!!, observei uma mudança no ambiente saindo da mortificação e ingressando em uma vida linda e delirante.
Ao sair do Hotel as pessoas estavam felizes sem deixarem transparecer que tinham passados por aquele tormento, tudo realmente voltou a ser luminoso e admirável.
Ao passar pela portão daquela cidade uma voz de criança me chamou:

- Franchico!, Franchico!

Olhei e me deparei com uma encantadora menina e perguntei:

- Oi minha linda tudo bem?, como se chama?

- Primeiro gostaria de lhe agradecer em nome de Deus, meu nome é CASSANDRA.

Franchico Padilha

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