8/19/2011

“O Devaneio de Franchico Padilha em seu encontro com Waldemar Bastos”



Era uma sexta-feira quando sai para um tour noturno afim de abiscoitar alguns momentos de sexo, drogas e Rock’n Roll...a principio uma noite calma sentado a beira-mar com meu copo de absinto e algumas drágeas e cápsulas......não que eu fosse um astronauta mais conseguem me entender!
Lá pelas dez da noite eis que surge a minha frente como se estivesse abrolhado do Mundo para noite carioca,WALDEMAR BASTOS..figura carismática e acolhedora, obviamente fiquei sabendo mais tarde que estes atributos eram apenas quando se intitulava por WALDEMAR , pois iria conhecer mais tarde a sua outra face sombria, a de “BASTOS”,
Nos cumprimentamos e passamos a caminhar atrás de algumas coisas que fizessem valer a noite, chegamos em um quiosque e pedimos um drink ao som de Zé Ramalho, permanecíamos sentado quando o “ainda” Waldemar avistou uma Sereia a beira mar e me comunicou de pronto.

W – Veja estou vendo ela.
F – Quem?
W- A Sereia, aquela mesma que há 20 anos atrás me mostrou o conhecimento dos mares.
F- Porra Waldemar, não estou vendo nada...inclusive notei que estou com uma cápsula a menos.

Sem pestanejar Waldemar falou que iria se encontrar com a Sereia e desapareceu em meio á barracas e ondas, não sei se pela minha embriagues ou pela Vista curta mais o perdi,.... vinte minutos depois eis que me aprece com um sorriso buliçoso em sua face e me disse:

W – Venha!, vamos sair daqui.
F – Pra onde Waldemar?
B – Waldemar?, quem vos fala agora é BASTOS, me siga e não fale mais nada
F – Se queres assim. Assim será.

Nesta hora eu já estava mais do que louco e não pestanejei em acompanhá-lo, Bastos estava estranho, tão psicopata que minha candura demorou a perceber.
Ao longo de nossa caminhada insana resolvemos parar em um local para tomarmos algo, foi quando ao me virar não mais o vi....sumiu como se volatilizasse em meio a bebida alcoólica.
Notei que vinha um som dançante do andar de cima e resolvi conferir, ao chegar observei que não existia nenhuma banda, pessoas e muito menos DJ, aprofundando me deparei com a cena sublime, Bastos dançava em total transe com uma bela mulher que ao observar serenamente percebi que se tratava de uma Sereia.....mais de onde vinha a música?,cadê as pessoas? de onde veio o chapéu boêmio e o charuto? Conjeturei a me envolver com a musica e sobrenadar como se estivesse no mais alto grau da heroína.
Aquilo deve ter durado a noite inteira pois quando dei por mim estava no mesmo lugar que encontrei Waldemar Bastos, ou Basto?, ou Waldemar?.....enfim, sei que depois desta noite Waldemar virou Bastos e Bastos virou Waldemar.

Franchico Padilha


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